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Leitura Adicional

VI Simpósio Mundial de Estudos da Língua Portuguesa


04 November 2017 | By SISU Português | SISU

VI Simpósio Mundial de Estudos da Língua Portuguesa 

 

A sexta edição do Simpósio Mundial de Estudos da Língua Portuguesa (SIMELP) decorreu na cidade de Santarém, em Portugal, entre os dias 24 e 28 de outubro de 2017.

 

O SIMELP é constituído por vários Simpósios e Mesas-Redondas que pretendem funcionar como espaço aglutinador de discussões entre professores, pesquisadores, estudantes, em áreas como a linguística, a literatura, a cultura, a tradução, a educação, e, ainda, profissionais de outras áreas para quem a língua portuguesa se traduz num ponto de interesse.

 

À semelhança de edições anteriores – Universidade de São Paulo (2008); Universidade de Évora (2009); Universidade de Macau (2011); Universidade de Goiás (2013); Università de Salento (2015) ― o VI SIMELP contou com a presença de representantes de todos os continentes.

 

Santarém constitui-se como palco de união de línguas e culturas, desde o século VII a. C., passando por diferentes fases de regime político – 61 a. C.; 138 a.C.; 460; 714; 1093; 1147; 1506 – e tendo sida elevada à categoria de cidade em 1868.

 

No século XXI, volta a ser palco de união de culturas em torno de uma língua que evidencia, claramente, matizes culturais distintas, conferindo-lhe uma riqueza patrimonial e identitária imensuráveis. Assim, “A União na Diversidade” tem por objetivo proporcionar momentos de reflexão, de troca de experiências, de desenvolvimento científico e pedagógico.

 

É nesta partilha, que vai ocorrendo pelo mundo, que o VI Simpósio Mundial de Estudos da Língua Portuguesa se pretende configurar como espaço de união e de coconstrução de conhecimento.

 

A Profa. Xu Yixing, diretora do Departamento de Português e vice-diretora da Faculdade de Estudos Europeus e Latino-Americanos da Universidade de Estudos Internacionais de Xangai, a Profa. Zhang Minfen, a Profa. Gu Wenjun e a Profa. Fu Hanyu apresentaram comunicações no Simpósio 16 desse evento.

 

 

SIMPÓSIO 16 – COORDENAÇÃO DE APRENDIZAGEM DE PLE DOS APRENDENTES CHINESES NA CHINA E NO ESTRANGEIRO

Coordenadoras:

Catarina Xu Yixing | Universidade de Estudos Internacionais de Xangai (SISU)

Urbana Pereira | Departamento de Línguas e Culturas, Universidade de Aveiro

 

Resumo:

Com o apoio financeiro por parte do governo chinês à ida aos países de língua oficial portuguesa dos aprendentes chineses de português como língua estrangeira, cada vez mais alunos universitários conseguem aprender a língua portuguesa nos países de língua alvo, o que, sem dúvida nenhuma, ajuda imenso o aprofundameno dos conhecimentos linguísticos e culturais.

No entanto, com a ida dos alunos para esses países, surgiram novos problemas em relação à coordenação do curso de licenciatura, isto é, ainda não existe uma combinação satisfatória das unidades curriculares lecionadas na China nos primeiros dois e no quarto ano do curso com as lecionadas nos países de língua oficial portuguesa no terceiro ano do curso. Portanto, é necessário as duas partes terem consciência disso, a fim de tentar encontrar uma possível solução do problema e formar o melhor possível os aprendentes.

Palavras-chave: ida ao estrangeiro, coordenação, unidades curriculares.

 

Minibiografias:

Catarina Xu Yixing

Diretora do Departamento de Português e docente de PLE na Universidade de Estudos Internacionais de Xangai, doutoranda em Linguística do Texto da Universidade Nova de Lisboa e académica-correspondente estrangeira da Academia das Ciências de Lisboa, autora de vários materiais didáticos para aprendentes chineses de PLE, tais como Curso de Português para Chineses 1-4, 100 Frases em Português, 300 Frases em Português, entre outros.

Urbana Pereira

Docente do Departamento de Línguas e Culturas da Universidade de Aveiro, doutorada em Linguistique Générale et Appliquée pela Universidade René Descartes-Paris V e em Linguística Portuguesa pela Universidade da Aveiro. Interessa-se por Línguas em Contacto quer em contexto formal, quer em contexto informal. Tem experiência de ensino e orientação de teses de PLE a falantes de línguas afastadas do português, nomeadamente alunos chineses, nos vários níveis de Licenciatura, Mestrado e Doutoramento.

 

 

Resumos dos trabalhos aprovados

Comunicação 1

Aprender Português Língua Estrangeira na China e em Portugal – Representações de alunos

Autora:

Ye Lin – Universidade de Línguas Estrangeiras de Jilin Huaqiao – ginny90lina@126.com

 

Resumo:

No contexto atual, “Aprender Português Língua Estrangeira” tem recebido atenção e interesse crescentes por parte da população chinesa e cada vez mais alunos escolhem fazer a sua licenciatura em Língua Portuguesa quando entram na universidade.

Este trabalho, resultante de uma Dissertação de Mestrado, pretende identificar algumas representações sobre as dificuldades que alunos de língua materna chinesa dizem ter no estudo e no uso da Língua Portuguesa.

Para o efeito, o trabalho tem “Aprendizagem de LE” versus “Aquisição de LE”, “Comunicação”, “Competência Comunicativa”, “Pragmática”, “Competênica Pragmática”, algumas metodologias mais comuns de ensino de LE, bem como a metodologia de ensino tradicional da China como bases teóricas e conceitos relevantes.

Realiza uma pesquisa de articulação de abordagem qualitativa e quantitativa com os seguintes dois instrumentos de recolha de dados: questionário e entrevista.

Analisa as representações de alunos, com experiência de intercâmbio entre a Universidade de Aveiro e a universidade em que fazem a licenciatura na China, relativamente ao ensino/estudo de Português Língua Estrangeira. Serão ainda focadas e analisadas as diferenças curriculares entre a Universidade de Aveiro e três universidades chinesas – Universidade de Línguas Estrangeiras de Jilin Huaqiao, Universidade de Línguas Estrangeiras de Dalian e Universidade de Línguas Estrangeiras de Xi’an – com intercâmbio com a Universidade portuguesa.

Por fim, com base nos resultados obtidos, são propostas algumas medidas, de forma a melhorar a eficiência e a qualidade de ensino de português a falantes de língua materna chinesa.

Palavras-chave: ensino de Português Língua Estrangeira; dificuldades e problemas; metodologia; diferenças; ensino-aprendizagem.

 

Minibiografia:

Formação académica
09-2015 até ao presente –Universidade de Aveiro – Doutoramento em Didática e Desenvolvimento Curricular
09-2013 a 07-2015 – Universidade de Aveiro – Mestrado em Língua, Literatura e Cultura
Experiência Profissional
09-2012 até ao presente – Universidade de Línguas Estrangeiras de Jilin Huaqiao – Docente do Departamento de Português
09-2013 a 06-2014 – Escola Básica de Carquejido, Escola Básica das Fontainhas…(sete escolas primárias em São João de Madeira de Portugal) – Professora de Mandarim
04-2011 a 06-2011 – Agência de Notícias Xinhua – Sucursal no Rio de Janeiro – Jornalista e tradutora


Comunicação 2

Aprendizagem da Língua e Vivências Interculturais no IPLeiria: Percursos com os estudantes chineses

Autores:

Luís Filipe Barbeiro – Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) e Celga-Iltec – barbeiro@ipleiria.pt

Susana Margarida Nunes – Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) e Celga-Iltec – susana.nunes@ipleiria.pt

 

Resumo:

Em 2007, o IPLeiria recebeu a primeira turma de estudantes chineses da licenciatura em Tradução e Interpretação Português-Chinês e Chinês-Português (TIPC/TICP), regida por um acordo de cooperação entre o IPLeiria e o Instituto Politécnico de Macau (IPM). Este protocolo possibilita o intercâmbio de estudantes e docentes, prevendo frequência do IPLeiria, por parte dos estudantes chineses e a frequência do IPM, alargada posteriormente à Beijing Language and Culture University (BLCU), por parte dos estudantes portugueses. A relação com a BLCU aprofundou-se ainda com a frequência no IPLeiria dos estudantes de Língua Cultura Portuguesa do 3.º ano da sua licenciatura.

A experiência adquirida no âmbito do ensino do PLE, designadamente com os estudantes chineses do IPM e da BLCU, e a relação de cooperação instituída com estas instituições permitiram ao IPLeiria estabelecer protocolos de cooperação com outras instituições de ensino superior chinesas, designadamente para a frequência da licenciatura em Língua Portuguesa Aplicada.

O percurso realizado revelou potencialidades pelo facto de a formação estar inserida no contexto da língua em aprendizagem. Por outro lado, fez emergir progressivamente a consciência da necessidade de complementar a ação letiva com outras práticas que promovam a imersão e interação linguísticas e as vivências interculturais. Com este objetivo, têm sido desenvolvidas atividades de que se realçam o acompanhamento tutorial por parte de docentes, o apoio por parte de monitores, o envolvimento em projetos de “parcerias de língua”, a dinamização de atividades em escolas e associações da cidade. Tendo constituído estratégias com uma natureza extracurricular, as mais-valias alcançadas levam-nos a pensar numa próxima etapa: a integração curricular destas atividades como o novo desafio do percurso. Deste modo, dar-se-ão passos no sentido de ultrapassar dificuldades no estabelecimento da interação linguística que, espontaneamente, demorariam mais tempo a ser vencidas, e procurar-se-á generalizar as vivências interculturais e de participação na comunidade.

Palavras-chave: ensino de PLE; estudar no estrangeiro; imersão linguística; estudantes chineses; estratégias de interação.

 

Minibiografias:

Luís Filipe Barbeiro – Doutorado em Educação (Metodologia do Ensino do Português) e agregado em Ciências da Educação, especialidade de Literacias e Ensino do Português; professor coordenador principal da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria; coordenador dos cursos de PLE: Língua Portuguesa Aplicada e Língua e Cultura Portuguesas. Tem desenvolvido a sua investigação sobretudo na área da didática do Português, enquanto língua materna e língua não materna.

Susana Margarida Nunes – É licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, Estudos Portugueses e Franceses, mestre em Linguística Portuguesa e doutorada em Letras pela Universidade de Coimbra (FLUC). Recebeu, em 2006, o prémio de investigação da Associação Portuguesa de Linguística (APL). Foi docente, de 2001 a 2003, dos cursos de Português para Estrangeiros na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Desde 2003, exerce funções docentes na ESECS- IPLeiria Nesta instituição, coordena, desde novembro de 2009, a licenciatura em Tradução e Interpretação Português-Chinês e Chinês-Português.


Comunicação 3

Modelo da Aprendizagem de PLE dos Aprendentes Chineses no Estrangeiro

Autor:

Lu Chunhui (Olívio) – Universidade de Estudos Internacionais de Zhejiang – olivio2012@163.com

 

Resumo:

No contexto da globalização, tanto comercial quanto da mobilidade da população, a aprendizagem de línguas estrangeiras está a receber cada vez mais atenção na China e, hoje em dia, não é uma novidade que um chinês estude fora da sua pátria. O Português, uma língua românica falada por cerca de 273 milhões de pessoas em todo o mundo, encontra-se entre as escolhas preferidas dos estudantes chineses que pretendem conhecer um novo idioma além do Inglês, que foi implementado ao sistema educacional de forma obrigatória há muitos anos. Conforme uma recente pesquisa, realizada pela Profª Sílvia Yan Qiaorong, da Universidade de Comunicação da China, em 2016, totalizam-se 2159 alunos matriculados em curso de PLE (Português Língua Estrangeira) de 33 universidades. A mesma pesquisa ainda releva que, até ao momento, foram assinados 70 protocolos em termos de cooperação com 18 universidades não só de Macau mas também de países lusófonos, espalhados sobretudo pelo Brasil, por Portugal e por Cabo Verde, contando com 1177 alunos que estudaram ou estão a estudar no estrangeiro entre os anos 2013 e 2016. Para os aprendentes de PLE, a experiência de estudar fora é uma mais-valia e uma boa oportunidade de melhorar a dominação da língua de forma integral visto que, em comparação com a aprendizagem na China, viver num ambiente em que se ouve português autêntico diariamente é favorável para a aquisição natural da mesma língua, razão pela qual se adapta o modelo de aprendizagem perante essa mudança. A presente pesquisa visa conhecer, através da aplicação de entrevistas e inquéritos, a situação geral dos estudantes de Português no estrangeiro, os modelos de aprendizagem que eles adotam e as dificuldades que enfrentam, esperando encontrar os fatores mais decisivos que influenciam a eficiência de aprendizagem da língua portuguesa.

Palavras-chave: PLE; aprendentes chineses; estrangeiro.

 

Minibiografia:

Lu Chunhui (Olívio), professor de português da Universidade de Estudos Internacionais de Zhe Jiang (ZISU) e diretor do Departamento de Português. Mestre em Tradução Chinês-Português da Universidade de Macau, Bacharel em Língua Portuguesa da Universidade de Comunicação da China, Nanquim. Leciona principalmente Português Fundamental e Tradução.


Comunicação 4

Coordenação de Aprendizagem de PLE – Análise de um caso dos alunos da SISU

Autora:

Catarina Xu Yixing – Universidade de Estudos Internacionais de Shanghai (SISU)

 

Resumo:

Com o apoio financeiro por parte do governo chinês à ida aos países de língua oficial portuguesa dos aprendentes chineses de português como língua estrangeira, cada vez mais alunos universitários conseguem aprender a língua portuguesa nos países de língua alvo, o que, sem dúvida nenhuma, ajuda imenso o aprofundameno dos conhecimentos linguísticos e culturais.

No entanto, com a ida dos alunos para esses países, surgiram novos problemas em relação à coordenação do curso de licenciatura, isto é, ainda não existe uma combinação satisfatória das unidades curriculares lecionadas na China nos primeiros dois e no quarto ano do curso com as lecionadas nos países de língua oficial portuguesa no terceiro ano do curso. Portanto, é necessário as duas partes terem consciência disso, a fim de tentar encontrar uma possível solução do problema e formar o melhor possível os aprendentes.

Pretende-se, com a análise de um caso especial da SISU, cujos alunos participam num programa 2+2 ao abrigo do protocolo entre a SISU e a NOVA de Portugal, tentar dar umas propostas para a coordenação do estudo de português na China e em Portugal.

Palavras-chave: ida ao estrangeiro; coordenação; unidades curriculares; programa 2+2.

 

Minibiografia:

Diretora do Departamento de Português e docente de PLE na Universidade de Estudos Internacionais de Xangai, doutoranda em Linguística do Texto da Universidade Nova de Lisboa e académica-correspondente estrangeira da Academia das Ciências de Lisboa, autora de vários materiais didáticos para aprendentes chineses de PLE, tais como Curso de Português para Chineses 1-4, 100 Frases em Português, 300 Frases em Português, entre outros.


Comunicação 5

Reflexão sobre o Processo de Ensino-Aprendizagem com Estudantes Chineses de Português Língua Estrangeira

Autora:

Ana Filipa Teles – Camões – Instituto da Cooperação e da Língua – filipateles@hotmail.com

 

Resumo:

Desde cerca de 2011 até à atualidade, altura em que a República Popular da China declarou a língua portuguesa como uma língua prioritária, tem-se verificado um grande aumento da oferta educativa em língua portuguesa em universidades chinesas, na sequência do aumento do investimento público do governo chinês nesta área educativa, o que tem concorrido para um incremento do interesse das autoridades portuguesas e chinesas pela investigação em ensino de português para chineses. Também a nível académico têm aumentado os estudos sobre esta matéria.

O número dos docentes portugueses a exercer funções na China aumentou, mas para um docente português a relação pedagógica com os alunos chineses apresenta ainda desafios, dadas as diferenças culturais existentes entre os dois países.

Nesta comunicação, pretende-se reflectir sobre a natureza da relação pedagógica que se estabelece entre um docente português e os alunos chineses, partindo-se da experiência de quase cinco anos de Leitora no Departamento de Português da SISU. Far-se-á um levantamento de diferenças culturais sentidas pelo docente e apresentar-se-ão propostas que permitam melhorar a relação pedagógica e, desta forma, o sucesso académicos dos estudantes chineses de Português Língua Estrangeira.

Palavras-chave: relação pedagógica; unidades curriculares; metodologia de ensino.

 

Minibiografia:

Mestre em Ensino de Português (FCSH-UNL) e licenciada em Estudos Portugueses. É técnica superior do quadro do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, desde 2008, onde presentemente acompanha projetos de cooperação para o desenvolvimento no setor da educação. Exerceu funções de Leitora do Instituto Camões na Universidade Pedagógica de Maputo (Moçambique) e na Universidade de Estudos Internacionais de Xangai (República Popular da China).


Comunicação 6

Sugestões para Elaboração de Materiais Didácticos de Leitura para Aprendentes Chineses de PLE

Autora:

Zhang Minfen – Universidade de Estudos Internacionais de Shanghai (SISU)

 

Resumo:

A aquisição da competência de leitura constitui um dos objectivos mais importantes do ensino de português, língua estrangeira. Segundo o plano de ensino do Curso de Licenciatura em Língua e Literatura Portuguesas da Universidade de Estudos Internacionais de Shanghai (SISU), os alunos têm aulas de leitura no segundo e terceiro ano lectivo e leitura de textos jornalísticos no quarto ano.

Os materiais/instrumentos são uma das bases do ensino-aprendizagem. Para garantir a qualidade de ensino e para atingir o nosso plano de ensino de português como língua estrangeira, é muito importante ter manuais bons e adequados ao contexto , ao nível de língua e á idade dos alunos.

Partir-se-á para uma sugestão dos princípios de elaboração de materiais didácticos para a disciplina de leitura. Referir-se-á ainda sobre sugestões para selecção de textos, nomeadamente de acordo com as características dos alunos da SISU e o plano de ensino desta Universidade. Por fim, serão apresentadas algumas sugestões para elabaração de exercícios para aulas de leitura.

É de salientar que a aprendizagem de português, língua estrangeira, é um processo progressivo. Para consilidar o vocabulário aprendido e ampliar a quantidade de vocábulos, a maneira mais eficaz é ler, por isso cabe ao professor fazer bons manuais de leitura, seleccionando textos adequados para os alunos.

Palavras-chave: sugestões; materiais didácticos; leitura.

 

Minibiografia:

Zhang Minfen, professora de Português da Universidade de Estudos Internacionais de Xangai desde 1994, licenciou-se em Língua e Literatura Portuguesas pela Universidade de Estudos Internacionais de Xangai de 1989 a 1994. Fez mestrado em Língua e Cultura Portuguesas, variante em História na Universidade de Macau em 2000. Publicou vários artigos sobre os jesuítas portugueses na China e artigos sobre o ensino e a didática de Português.


Comunicação 7

Avaliação de Desempenho e Reescrita como Oportunidades de Aprendizagem da Escrita em Português por Alunos Chineses

Autora:

Zhang Fangfang – Universidade de Comunicação da China – zhangfangfangdiana@hotmail.com

 

Resumo:

Este trabalho tem como objetivo estudar a prática de avaliação de produções escritas em português de aprendizes chineses e analisar as mudanças realizadas na reescrita a partir do feedback dado pelo colega e pelo professor. Partindo de parâmetros de avaliação embasados na noção de gênero do discurso, do fato de que todos os participantes receberão um feedback para a reescrita, busco, neste estudo, responder as seguintes perguntas: 1) Qual é o feedback fornecido pelo professor e pelos colegas? 2) Que mudanças são observáveis na produção de escrita dos alunos em relação à construção da interlocução, ao uso das informações e aos recursos linguísticos utilizados na reescrita dos textos? 3) É possível estabelecer uma relação entre o feedback e as mudanças elaboradas nos textos?

Através de analisar e comparar os 135 textos coletados, constata-se que tanto os alunos quanto a professora realizaram correções indicativas, resolutivas e textuais-interativas (o bilhete). Os alunos focalizaram-se nas correções dos recursos linguísticos, como erros gramaticais e ortográficos enquanto que a professora valorizou as correções de uso das informações do texto base e as correções relativas à situação de produção textual, como a interlocução, o uso de informações além do texto base, etc. Quanto aos progressos que podem ser observados na reescrita, todos conseguiram compreender as correções fornecidas pelo colega e pela professora e fizeram reescritas partindo do feedback deles.

Entendo que, a partir da análise da reescrita de textos por alunos chineses com base em orientações de reescrita voltadas para questões relevantes aos gêneros do discurso, esta pesquisa possa favorecer a apropriação do conceito de escrita como prática social por professores e alunos chineses que se afiliam ou desejam se afiliar a essa perspectiva no ensino e na aprendizagem de produção de texto em português.

Palavras-chave: avaliação de produção textual; reescrita; aprendizagem; perspectiva bakhtiniana de gênero do discurso.

 

Minibiografia:

09-1982 nascida na Província de Shandong, China;

06-2004 Formada em Língua Portuguesa na Universidade de Comunicação da China;

07-2004 Começou a trabalhar como professora de português na Universidade de Comunicação da China;

11-2007 Obteve o diploma de mestrado em Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Brasil (PUCRS);

03-2013 Começou a frequentar o curso de doutorado em Linguística Aplicada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil (UFRGS). É previsto tirar o diploma de doutorado no final de 2016. 


Comunicação 8

Utilização da Sala de Aula Invertida na Leitura Intensiva de PLE

Autora:

Fu Hanyu – Universidade de Estudos Internacionais de Shanghai (SISU)

 

Resumo:

Tratando-se de uma modalidade bem-sucedida de aprendizagem no ensino superior de diversos países do mundo – incluindo instituições de referência como Harvard e MIT, a Sala de Aula Invertida (Flipped Classroom em inglês) inverte a lógica de organização da sala de aula e ajuda a superar desafios enfrentados pelo ensino/aprendizagem tradicional. No presente trabalho, analisam-se as caracterísiticas da Sala de Aula Invertida em comparação com o modelo tradicional de ensino/aprendizagem, abordam-se as vantagens da implantação desse novo método para os aprendentes chineses de português e explica-se como aplicar a Sala de Aula Invertida na Leitura Intensiva de Português Língua Estrangeira (PLE), tomando como exemplo a Leitura Intensiva de PLE para os alunos do 1º ano da Universidade de Estudos Internacionais de Xangai (SISU), inclusive os trabalhos preparativos dos professores e alunos antes da aula, a transformação do papel do professor ou professora, a organização inovadora da aula, a continuação de aprendizagem ativa e colaborativa depois da aula, bem como a avaliação e autoavaliação de aprendizagem.

Palavras-chave: Sala de Aula Invertida; Leitura Intensiva; aprendizagem ativa e colaborativa; PLE.

 

Minibiografia:

Fu Hanyu, professora de português da SISU e redatora-chefe do Portal em Português de SISU Global, formada em Língua e Literatura Europeias (variante Português) da SISU em 2014, tendo publicado vários artigos académicos em chinês, tais como D. Pedro I de Portugal e o Desenvolvimento da História Portuguesa e Africanitude e Nacionalidade na Literatura Africana em Língua Portuguesa.


Comunicação 9

O Apoio Institucional no Ensino de PLE – Um estudo comparativo

Autor:

Luís Filipe Pestana – Maxdo College da Universidade Normal de Pequim – pestana.1989@hotmail.com

 

Resumo:

O ensino de Português Língua Estrangeira (PLE) na China encontra-se em grande expansão. Uma das consequências diretas desse desenvolvimento nos últimos dez anos prende-se com a procura de professores falantes nativos da língua de Camões. De um modo geral, as universidades chinesas recrutam leitores portugueses por duas vias distintas: através de acordos com instituições de ensino superior de Portugal e com o Instituto Camões ou contratando indivíduos sem qualquer apoio institucional. Este modelo não é distinto daquele que muitos outros cursos de línguas estrangeiras seguem. Contudo, alguns idiomas como o espanhol apresentam uma rede de apoio institucional mais desenvolvida (através sobretudo do Instituto Cervantes).

Há muitos fatores que levam a que a dimensão do apoio institucional dado aos leitores portugueses ainda não esteja no mesmo patamar daquele que os leitores espanhóis recebem. Para começar, é necessário considerar que há mais instituições chinesas que têm cursos de espanhol do que a realidade do português. Assim, também é possível concluir que o número de professores espanhóis em solo chinês é superior ao que se regista do lado português. Para além disso, a capacidade do Instituto Cervantes permite um apoio aproximado junto dos seus leitores, garantindo a sua mobilidade caso necessitem de mudar de local de trabalho.

Esta comunicação procura realizar uma comparação entre o apoio institucional dado aos leitores portugueses (usando o Instituto Camões como principal exemplo) na China ao que é oferecido aos professores espanhóis. Também visa expor quais as debilidades que o sistema aplicado ao caso do português tem e que soluções podem ser aplicadas, usando como exemplo não só o caso espanhol, como também de outras línguas ocidentais ensinadas na China (como o alemão ou o francês).

Palavras-chave: ensino de PLE na China; Instituto Camões; Instituto Cervantes.

 

Minibiografia:

Luís Filipe Pestana é professor no Maxdo College da Universidade Normal de Pequim, tendo previamente trabalhado como leitor de português na Universidade Normal de Harbin (2014-2016). Licenciado em Relações Internacionais é possuidor de um mestrado na mesma área, ambos pela Universidade Católica Portuguesa. Tem como principais áreas de interesse a relação professor-aluno e a o ensino de PLE na China.


Comunicação 10

Aquisição de Pronomes Clíticos em Português Europeu por Aprendentes Chineses

Autora:

Gu Wenjun – Universidade de Estudos Internacionais de Shanghai (SISU)

 

Resumo:

O presente trabalho tem por base a consciência do estatuto problemático da aquisição dos pronomes clíticos em português europeu por parte dos aprendentes de português como língua não materna e a verificação da escassez de trabalhos sobre a matéria. Destina-se a um estudo sistemático em torno da aquisição de pronomes clíticos, por falantes nativos de chinês, que aprendem o português europeu como língua estrangeira.

Vai-se procurar caraterizar o desenvolvimento das propriedades dos pronomes clíticos na gramática da interlíngua do grupo-alvo, revelar as dificuldades no domínio de tais propriedades, assim como analisar a correspondência entre os conhecimentos ensinados e os adquiridos. Pretende-se delinear, desta forma, o percurso de aquisição dos pronomes clíticos por aprendentes chineses; verificar o efeito do ensino-aprendizagem dos conhecimentos em contexto de sala de aulas; e refletir sobre o estatuto de aprendizagem das propriedades em causa por aprendentes chineses.

Prevê-se a utilização de três testes neste estudo, nomeadamente os de produção induzida, de juízos de valor de verdade, e de juízos de gramaticalidade, contando com a participação de estudantes de português de uma universidade da China. Espera-se que seja possível dar um contributo para um melhor conhecimento sobre a aquisição dos pronomes clíticos em português europeu, bem como para o desenvolvimento, ou, pelo menos, para a reflexão sobre o desenvolvimento do ensino-aprendizagem da língua portuguesa na China.

Palavras-chave: pronomes clíticos; aquisição; português europeu; chinês.

 

Minibiografia:

Wenjun Gu, licenciada em Língua e Cultura Portuguesas e mestre em Língua e Literatura Europeias pela Universidade de Estudos Internacionais de Shanghai (SISU); doutoranda em Linguística da Universidade Nova de Lisboa. Desde 2012, trabalha como docente de português para falantes nativos de chinês na SISU.

 

 

 

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