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MUNDO | Redefinição da igualdade


06 June 2017 | By SISU Português | SISU

 

A segunda maneira de se criar um mundo onde todos tenham um senso de propósito, que Mark Zuckerberg mencionou no discurso feito aos estudantes da Universidade de Harvard, é redefinir a igualdade de oportunidades para que todos tenham a liberdade necessária para perseguir o seu propósito.

 

“Os pais de muitos de nós tiveram empregos estáveis por toda a sua carreira. Agora somos todos empreendedores, quer estejamos a iniciar projetos ou buscar o nosso papel. E isso é ótimo. É através da nossa cultura de empreendedorismo que criamos tanto progresso.”

 

“Mas uma cultura de empreendedorismo floresce quando é fácil experimentar muitas ideias novas. O Facebook não foi a primeira coisa que criei. Também criei jogos, sistemas de bate-papo, ferramentas de estudo e reprodutores de música. E nisso não estou sozinho. J. K. Rowling ouviu 12 rejeições antes de conseguir publicar Harry Potter. Até mesmo Beyoncé teve que compor centenas de músicas antes de chegar a Halo. Os maiores sucessos vêm de se ter a liberdade de falhar.”

 

“Mas hoje, temos um nível de desigualdade de renda que prejudica a todos. Quando não temos a liberdade de transformar as nossas ideias em empreendimentos históricos, todos perdemos. A nossa sociedade hoje orienta-se excessivamente pela premiação do sucesso. Estamos longe de fazer o bastante para que todos tenham muitas chances.”

 

“Temos de admitir isso. Há algo errado no nosso sistema se alguns de nós podem fazer tanto enquanto milhões de estudantes não têm condições de pagar os seus empréstimos, quanto menos de começar um negócio.”

 

“Conheço muitos empreendedores, mas não conheço uma única pessoa que tenha desistido de começar um negócio porque talvez não fosse ganhar dinheiro suficiente. Mas conheço muitas pessoas que não perseguiram os seus sonhos porque não tinham uma rede de segurança para o caso de falharem.”

 

“Nós todos sabemos que não é possível ter sucesso somente por termos um boa ideia ou por trabalharmos duramente. Ter sorte também é importante para se ter sucesso. Se eu tivesse tido que sustentar a minha família enquanto amadurecia e não tivesse tido tempo para programar, e se eu não soubesse que estaria tudo bem se o Facebook não funcionasse, eu não estaria aqui hoje. Se formos sinceros, temos que admitir que tivemos muita sorte.”

 

“Cada geração expande a sua própria definição de igualdade. As gerações passadas lutaram pelo voto e pelos direitos civis. Elas tiveram o Novo Acordo de Roosevelt e a Grande Sociedade de Lyndon Johnson. Agora é a nossa hora de definir um novo contrato social para a nossa geração.”

 

“Deveríamos ter uma sociedade capaz de medir o progresso não somente por indicadores económicos como o PIB, mas também por quantos de nós têm um papel que consideram significativo. Deveríamos explorar ideias como a renda mínima universal, de maneira a oferecer a todos uma rede de segurança para tentar coisas novas. Mudamos de emprego muitas vezes, por isso precisamos de creches e planos de saúde que não estejam atrelados à empresa na qual trabalhamos. Todos nós cometemos erros. Por isso, precisamos de uma sociedade que ponha menos ênfase em encarcerar ou estigmatizar as pessoas. E à medida que a tecnologia evolui, precisamos de nos concentrar mais na formação contínua por toda a vida.”

 

“E isto é um fato: oferecer a todos a oportunidade de perseguir o seu propósito não vem de graça. As pessoas como eu precisam financiar isso. Muitos de vocês serão bem-sucedidos e deveriam fazer o mesmo.”

 

“É por isso que Priscilla e eu lançamos a Chan Zuckerberg Initiative e dedicamos a nossa fortuna à promoção da igualdade de oportunidades. Esses são os valores da nossa geração. Nunca nos indagamos se deveríamos fazer isso. A única pergunta era quando.”

 

“A Geração Y já é uma das mais dedicadas à filantropia da história. Em um ano, três em cada quatro membros da Geração Y nos EUA já fizeram uma doação, e sete em cada dez arrecadaram dinheiro para beneficência.”

 

“Mas não se trata somente de dinheiro. Também é possível doar tempo. Garanto que se vocês dedicarem uma hora ou duas por semana... Basta isso para ajudar alguém a alcançar o seu próprio potencial.”

 

“Talvez vocês achem que isso é tempo demais. Eu costumava pensar assim. Quando Priscilla se formou em Harvard, ela tornou-se professora. Antes de fazer trabalho de formação comigo, ela disse-me que eu deveria dar aulas. Eu reclamei: Mas estou meio ocupado. Eu dirijo essa empresa. Mas ela insistiu. Por isso, dei um curso de empreendedorismo no Boys and Girls Club local.”

 

“Dei aulas sobre desenvolvimento e marketing de produtos, e os meus alunos ensinaram-me o que significa sentir-se visado por causa da própria raça e ter um parente na cadeia. Compartilhei histórias da minha vida universitária, e eles compartilharam a sua esperança de também ir à universidade um dia. Faz cinco anos que janto todos os meses com esses jovens. Um deles organizou o primeiro chá de bebé para mim e para Priscilla. No ano que vem eles vão começar a universidade. Todos eles. Os primeiros das respectivas famílias.”

 

“Todos nós podemos separar algum tempo para ajudar alguém. Vamos dar a todos a liberdade para perseguir o seu propósito — não apenas porque isso é a coisa certa a fazer, mas também porque quando mais pessoas podem transformar os seus sonhos em algo grandioso, isso é melhor para todos nós.”

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