A variação regional dos níveis iniciais de línguas estrangeiras e a programação anual de dois exames são dois focos desde sempre no desafio do ensino de línguas estrangeiras na China. Shu Dingfang da Universidade de Estudos Internacionais de Xangai (SISU) encontra soluções para estes desafios no seu trabalho publicado em 2020.

“A fim de garantir que a teoria serve a prática, devemos investigar as experiências práticas de professores e estudantes em línguas estrangeiras”, disse Shu.

Shu descobre, a partir dum inquérito, que é difícil para os estudantes aprenderem eficazmente línguas estrangeiras em áreas pouco desenvolvidas da China devido à falta de professores de línguas estrangeiras e a métodos impróprios.

“Enquanto muitas crianças aprendem línguas estrangeiras na escola primária, nós não aprendemos até à escola secundária”, disse Ma Ping, estudante de escola secundária de Tianjin.

“Os níveis iniciais dos estudantes de línguas estrangeiras são diferentes, mas os requisitos dos exames nacionais de admissão ao ensino superior são os mesmos. Pergunto-me como alcançar a equidade na educação”, disse Wu Yan, um professor de escola secundária de Tianjin.

Muitos professores consideram que é bom ter os exames nacionais de admissão ao ensino superior de inglês duas vezes por ano. No entanto, isto terá realmente um impacto na paixão de aprendizagem dos estudantes do terceiro ano ou mesmo do segundo ano.

“Se os alunos ficarem satisfeitos com os resultados do primeiro exame, concentrar-se-ão menos nas seguintes aulas de línguas estrangeiras, o que é contra a sua vontade inicial”, disse Wu.

Para os alunos insatisfeitos com os resultados do primeiro exame, o atual mecanismo de exame irá aumentar a sua carga de aprendizagem.

“Não estou satisfeito com a pontuação do primeiro exame, por isso estou a preparar-me para o segundo. Fazer exercícios massivos pode ajudar a melhorar a pontuação no exame, mas penso que não é benéfico para melhorar a minha capacidade real em línguas estrangeiras”, disse Ma Jinxiao, estudante de escola secundária de Xinjiang.

Os talentos multilingues são essenciais para a participação da China nos assuntos internacionais e na governação global. Estudantes destacados de escolas primárias e secundárias de muitos países europeus frequentam dois cursos de línguas estrangeiras ao mesmo tempo.

“Os indivíduos podem sobreviver sem aprender uma língua estrangeira, mas a aprendizagem de línguas estrangeiras pode beneficiar o desenvolvimento pessoal. O desenvolvimento de mais de 100 anos da China provou plenamente esse ponto de vista”, disse Shu.