A modernização não é perfeita. O processo, ao mesmo tempo que traz comodidade à nossa vida, tem efeitos negativos.

Primeiro, estamos a argumentar contra a modernização por causa da invasão cultural provocada por mesmo. O maior e urgente dano desta invasão é a extinção de línguas. Ao longo da história, a divulgação de línguas agressivas sempre tem sido feita à custa de extermínio de línguas vulneráveis. No entanto, este fenómeno está a agravar-se com a modernização e a globalização, as quais tornam os jovens que vêm de civilizações mais desconhecidas bastante dispostos a aprender línguas agressivas e abandonar as línguas próprias. Nesse caso, eles conseguem apoderar-se de mais oportunidades e ter um futuro mais resplandecente. Mas as línguas, cuja variedade representa a variedade de civilização do mundo, constituem a parte vital e inseparável assim como o portador de cultura. Uma língua que não tem herdeiros e não seria falada é uma língua morta, bem como a civilização carregada. Segundo os especialistas de língua, a velocidade de extinção de línguas é o duplo da velocidade de extinção de mamíferos. É estimado que entre as seis mil línguas ainda existentes, a metade delas seria extinta no século vinte e um, e 80% delas seria extinta dentro de duzentos anos. Em suma, é exatamente por causa da modernização que o ser humano está a perder não somente a variedade de civilização, mas também riquezas espirituais que foram produzidas pelas comunidades mas não seriam saboreadas com o desaparecimento de línguas.

Segundo, a procura excessiva de modernização pode levar cada vez mais pessoas à busca cega da fama e da riqueza. É verdade que a modernização facilitou imenso a nossa vida. Incontáveis mercadorias invadiram a nossa vida e deram-nos inúmeras opções. Parece que podemos comprar tudo com dinheiro, e por isso, pouco a pouco, os nossos valores dominantes foram alterados. É como antigamente desprezávamos os comerciantes, mas agora admiramo-los. A vontade de busca do dinheiro é muito mais forte no homem moderno do que nos tempos antigos. Mas será que o homem vivendo na sociedade moderna é realmente mais feliz do que o homem antigo? Será que a vida é mais fácil para os empregados do que para os agricultores auto-suficientes? Não tenho a certeza. O mais que temos, o mais que queremos, nunca estaremos satisfeitos. Além disso, muitos países com altos índices de felicidade não são os mais modernos. O Japão é um dos países mais modernos do mundo, mas com o grande stress no trabalho e feroz concorrência social, a taxa de suicídio continua a ser alta. E isso mostra que, a modernização não é exatamente uma coisa boa. Modernização pode provocar a ruína da moral pública, criar um clima social em que o lucro é o primeiro. As empresas tiram partido dos seus empregados sem piedade, e as pessoas adoram poder, dinheiro e bens materiais, tornando-se mais snobes e indiferentes.

Terceiro, no processo de modernização, o homem extrai grande quantidade de petróleo, gás natural e carvão, causando danos incalculáveis ao meio ambiente. E o petróleo e o gás são utilizados na produção de diversos produtos químicos, como combustíveis para veículos, corantes industriais, etc. E grande quantidade de resíduos grandes contribuem ainda mais para a poluição ao nosso ambiente. Além disso, o homem corta grande quantidade de árvores, tornando a nossa casa verde pouco a pouco sem vida. A redução da vegetação verde impede  a absorção de gases do efeito estufa, causando efeito estufa. Estes fenómenos são apenas dois dos muitos prejuízos ao meio ambiente que terão de ser sofridos no processo de modernização.

Quando falamos das desvantagens, não estamos a propor a degradação da sociedade. Acreditamos que o processo é inevitável e indispensável no desenvolvimento global. Mas sim, em vez de elogiar cegamente os seus benefícios, é melhor dar atenção aos malefícios e procurar a solução. A modernização traz a invasão cultural, o culto ao dinheiro e a poluição do ambiente, etc., os quais são a outra face da moeda a que devemos dar importância.