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Leitura Adicional

ACADEMIA | Simpósio 4 do VI SIMELP - Literatura Brasileira: relações e incursões entre história, cultura, política e língua (III)


22 November 2017 | By SISU Português | SISU

 

SIMPÓSIO 4 – Literatura Brasileira: relações E INCURSÕES entre história, cultura, POLÍTICA e língua

 

Resumos dos trabalhos aprovados (continuação)

 

Comunicação 9

A identidade nacional brasileira sob o olhar indígena: um estudo comparado entre Cunhanbebe e Peri

Autora: Andreia Ferreira Alves Carneiro – FAT/GELC – deia_lves@yahoo.com.br

 

Resumo: O processo de colonização do Brasil envolveu personagens de nacionalidades e não foi fácil, principalmente para os nativos do além-mar. Desta maneira, ao se pensar em uma identidade nacional os primeiros habitantes jamais poderiam ser esquecidos. De acordo com a história oficial, o que se tem registrado sobre a chegada e colonização do Brasil, são as informações do europeu que aqui atracou. Neste prisma, surgem no cenário nacional duas obras que, mesmo diversas, acabam por igualar-se O guarani, de José de Alencar (1857) e Meu querido Canibal, do escritor baiano Antonio Torres (2000). Neste estudo, tentar-se-á analisar o perfil dos dois personagens apontando semelhanças e divergências num projeto de construção de identidade nacional. Apesar de possuírem o mesmo contexto histórico, cada uma das narrativas tem suas preferências e exceções. Ambos tentam construir o primeiro herói brasileiro. O guarani mostra-nos a união do português, com o índio. Um olhar mais atento, contudo, verá que o índio, nada mais é do que uma tentativa frustrada de branqueamento, não da sua pele e sim suas origens. O índio que forma o país há um bom tempo já não morava com sua tribo, defendia os brancos, servindo-os como um falso escravo. Ele já não era mais politeísta e havia negado seus deuses. Em Meu querido canibal, é permitido a Antonio Torres salienta a importância de seu protagonista, apresentando-o como um verdadeiro índio. A obra de Torres mostra a trajetória do narrador em busca de informações oficiais sobre a vida de seu protagonista, Cunhambebe, numa tentativa de evitar o seu apagamento. A narrativa trás como pano de fundo a Confederação dos Tamoios e a atuação de personagens históricos, como Anchieta. Tal acontecimento também foi o pivô para que José de Alencar escrevesse seu romance, não pelo fato histórico, em si, mas para rebater o poema homônimo escrito por Gonçalves de Magalhães em 1856.

Palavras-chave: Identidade nacional; José de Alencar; Antonio Torres.

 

Minibiografia: Mestre em Literatura e Diversidade Cultural (UEFS). Graduada em Licenciatura em Letras com Língua Inglesa (UEFS). Especialista em Estudos Literários (UEFS) e em Metodologia do Ensino de Língua Inglesa (IBPEX). Membro do grupo de pesquisa: A Literatura de Jornal em Periódicos Brasileiros (UEFS). Sua linha de pesquisa enfoca o século XIX, mais especificamente, a Estética da Recepção nas obras do escritor José de Alencar. Membro NDE da Faculdade Anísio Teixeira (FAT), onde ministra aulas.


Comunicação 10

A representação do sertão em O sertanejo, de José de Alencar e No sertão do conselheiro, de José Aras

Autora: Anita de Jesus Santana – UEFS – annysantanna@yahoo.com.br

 

Resumo: Refletir sobre a Literatura Brasileira, em nossos dias, requer uma análise a partir das primeiras produções que contribuíram para o processo tanto de formação da nossa literatura como da identidade nacional. No entanto, reconhecendo que o trabalho se tornaria bastante extensivo, fazemos aqui um recorte, nos detendo a um estudo centrado no século XIX, período em que o Romantismo é a escola literária em destaque, tendo como principal expoente José de Alencar. Dentro da obra do autor, fazemos ainda outro recorte e vamos nos situar no livro em que este traz como tema o homem do sertão. Ao se compreender que o Romantismo se constituiu como importante movimento literário do século XIX e ainda permanece em nossos dias, por meio de um espírito envolto por sentimentos e ideais enriquecedores para nossa literatura, o presente trabalho tem como objetivo perceber como os ideias românticas de José de Alencar sobre sertão e sertanejo influenciaram e mantem diálogo com obras literárias posteriores. Nesse sentido, nossos estudos ocorrerão principalmente, a partir de O Sertanejo de José de Alencar e No Sertão do Conselheiro de José Aras, obras em que serão discutidos aspectos ideológicos, culturais e políticos desses autores. Nascidos em um mesmo espaço geográfico do Brasil, denominado nordeste, José de Alencar e José Aras, de forma lírica, um na prosa outro no verso, deixam impresso o sentimento de valorização da localidade e do país ao qual pertencem. Cada um marca o lócus onde nasceu a partir de concepções e ideologias de acordo com o tempo e circunstâncias em que estavam inseridos, mas também com um objetivo em comum: falar de forma idealizada ou realista o que era o sertão e o que significava ser sertanejo. Para embasar nossas discussões iremos nos apoiar em reflexões de teóricos como Stuart Hal (2014), Canclini (2008), Renato Ortiz (2012), dentre outros.

Palavras-chave: Romantismo; Sertanejo; Sertão; Identidade cultural.

 

Minibiografia: Anita de Jesus Santana – Mestranda em Estudos Literários – PROGEL, pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Graduada em Letras Vernáculas com Habilitação em Literatura, pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB-Campus XXII). Participa do Grupo de Estudos Literários Contemporâneos – GELC, no grupo de pesquisa A literatura de jornal em periódicos brasileiros sob a coordenação do Professor Dr. Adeítalo Manoel Pinho.


Comunicação 11

A obra literária de Zélia Gattai entre Brasil, Itália e Portugal

 

Autora: Antonella Rita Roscilli – UFBA – r_antonella@yahoo.it

 

Resumo: Nosso trabalho aborda a obra de Zélia Gattai (1916-2008), memorialista brasileira, filha e neta de emigrantes italianos, e esposa do famoso escritor brasileiro Jorge Amado por cinqüenta e seis anos. Nasceu em São Paulo em 2 de julho de 2016. Por amor de Jorge deixou a terra do café e abraçou a terra do cacau. Se tornou baiana por amor, mas nunca esqueceu suas raízes italianas. Escreveu obras de memórias, infanto-juvenis e um romance. A sua obra virou um símbolo para a reconstrução memorial de parte da história da emigração italiana, e parte da história do Brasil. Portanto este estudo quer verificar e ressaltar alguns aspectos da importância de Zélia Gattai no contexto da literatura do Brasil, da Itália, e dos países de língua portuguesa. Pretende, sobretudo, analisar de que forma se deu, até agora, a recepção e tradução da obra dela, em âmbito internacional. Partindo de elementos históricos e através da contribuição de vários estudos multidisciplinares, para uma reflexão critica sobre a noção da literatura como instrumento transcultural, este trabalho busca também problematizar as relações entre os conceito de memória, línguas e culturas, seguindo uma perspectiva intercultural e interdisciplinar. Analisando alguns elementos como estilo e história, mostramos como a obra de Zélia vire um espaço de identidade, de memória nacional e internacional. O trabalho aqui proposto è parte integrante das pesquisas que vamos desenvolvendo desde 2013 e que, em parte, apresentamos em 2016 no “Curso Castro Alves”da Academia de Letras da Bahia (Brasil) e na Universidade de Brasilia (UnB) na abertura da “XVI Settimana della Lingua Italiana nel Mondo”.

Palavras-chave: Zélia Gattai; Literatura brasileira; Emigração italiana; Língua; Intercultura.
Minibiografia: Italiana, brasilianista, escritora, pesquisadora e tradutora. E’ Membro Correspondente da Academia de Letras da Bahia e do Instituto Histórico Geográfico da Bahia, Mestre em Cultura e Sociedade-UFBA, Doutoranda em Cultura e Sociedade-UFBA. Formada em Lingua e Literatura Brasileira na Università La Sapienza de Roma. E’ idealizadora e diretora da Revista de Dialogo Intercultural “Sarapegbe”, além de ser biografa de Zélia Gattai Amado. Publicou até agora artigos em revistas acadêmicas e três obras literárias sobre Zélia Gattai.


Comunicação 12

Geografia cultural e experiência em Guimarães Rosa

 

Autora: Betina Ribeiro Rodrigues da Cunha – UFU – betina@ufu.br

 

Resumo: Análise de “Páramo” – conto de Rosa apresentado em Estas estórias, uma das obras póstumas do autor – buscando compreender as possíveis leituras interpretadas pelas experiências do mundo moderno, e o valor de uma produção literária distanciada pelo espaço de uma realidade temporal e cosmologia míticas, mas muito próxima do ponto de vista de interações e diálogos. O referido conto comparece com uma cena autobiográfica talvez, na qual o “escritor-diplomata”, travestido em autor, localiza na Colômbia um doloroso e necessário ritual de passagem, permitindo inferir que a literatura deva apreender as possibilidades do real, substituindo a cosmovisão anterior, tradicionalmente coerente e organizada em um locus mítico, povoado de reatualizações modernas, por um outro olhar antecipatório de universos significativos, transculturais.

Palavras-chave: Narrativa; Transculturação; Identidade.

 

Minibiografia: Professora de Literatura no Curso de Letras e Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da Universidade Federal de Uberlândia. Drª. em Letras pela USP, com Pós-doutorado pela UFRJ.

 

 

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