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ACADEMIA | Estudo da Subjetividade do Tradutor no Caso da Comparação entre Duas Versões de Tradução da Obra A Escrava Isaura (20)


11 January 2019 | By Yang Yue (Violeta) | SISU

3.3.2 Matérias literárias da cultura de chegada

Nas práticas diversificadas e complexas de tradução, é possível que os tradutores adotem simultaneamente maneiras múltiplas para melhorar a legilibidade do seu  trabalho traduzido. No caso de a tradução palavra por palavra não conseguir atingir uma equivalência, os tradutores recorrem às vezes à sua substituição, a domesticação, à luz dos usos e regras provenientes do sistema da cultura de chegada.

Com a eliminação dos elementos com que se distancia o público leitor, a domesticação visa a facilitar a leitura, evitando a possibilidade de acontecer estranhamentos culturais, como o fenómeno de翻译腔/fān yì qiāng que se discutiu na parte anterior.

 

    Ex. 13

TF

O comendador, (...) havia-lhe abandonado a administração e usufruto da fazenda, e vivia na corte, onde procurava alivio ou distração aos achaques que o atormentavam. (1875: 6)

T1

T2

年老多病的领主……将庄园的管理与收益移交给儿子,自己生活在皇都,在病魔缠身中寻求一点轻松与消遣。 (1984: 7)

殷富的骑士……把庄园交给儿子经营,自己躲到京城,求医治病,颐养天年。(1985: 9)

    Comentário:

Neste trecho da TF, a palavra corte indica a cidade onde se radicava a família real portuguesa naquela altura, o Rio de Janeiro, e 皇都/huáng dū[1] na T1 corresponde ao original de forma fiel.

No entanto, a palavra corte é substituída na T2 pelo seu equivalente, 京城/jīng chéng[2], um termo mais próximo culturalmente para tratar as capitais antigas na cultura dos países asiáticos, como a China, o Japão e o Vietname, entre outros, que está inextricavelmente ligada às noções de poder e regime, com que o público leitor está mais familiar.

 

No âmbito da avaliação das duas práticas opostas, a estrangeirização e a domesticação, os teóricos da área de tradução ainda não atingiram uma conciliação de opiniões, especialmente sobre qual é a melhor maneira na atividade de tradução. Todavia, é possível atingir uma coexistência destes mecanismos a nível de prática.

Hoje em dia, um ambiente tolerante dá boas-vindas às atividades de tradução como arte. Ao mesmo tempo, com uma atitude mais abrangente, o público leitor estuda e aceita os valores bons que são exprimidos através das obras estrangeiras traduzidas. Nesse caso, os tradutores assumem a responsabilidade de ponte entre duas culturas. É indispensável a atividade de tradução na nossa vida, para deixar um espaço para o filtro cultural, enriquecer os conhecimentos e estimular a criatividade.

Portanto, antes de começar o trabalho, os tradutores devem considerar as caraterísticas da obra-fonte, bem como ponderar quais são os leitores como sendo recetores de meta, para decidir a escolha entre a estrangeirização e a domesticação. Se for um romance que aconteça num contexto com que o público leitor não esteja familiar, não é estranho a domesticação ser mais dominante na tradução. No entanto, um trabalho traduzido, tendo em si as caraterísticas exóticas das expressões estrangeiras, também serve como uma maneira de atingir conhecimentos novos por parte do leitor público.

Nesse sentido, ambas as maneiras práticas merecem mais atenção, quer dos tradutores próprios, quer dos teóricos de tradução, para promover o contacto entre duas culturas diferentes.


[1] 皇都, com a escrita em pinyin huáng dū, significa “a cidade onde se radica a família real”.

[2] 京城, com a escrita em pinyin jīng chéng, significa “a capital do país na cultura asiática”.

 

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